Franquia aposta em remake e reinvenção para tentar recuperar protagonismo na cultura pop.

A franquia Tomb Raider surpreendeu ao anunciar não um, mas dois novos jogos em desenvolvimento. A estratégia sinaliza um movimento claro de reposicionamento da marca, dividindo esforços entre resgate do passado e construção de um novo futuro para Lara Croft. Os projetos têm janelas diferentes e propostas complementares, o que muda completamente a conversa em torno da série.

“Tomb Raider: Legacy of Atlantis” foi apresentado como um remake de um dos títulos clássicos da franquia, reconstruído com tecnologia moderna. A proposta é revisitar a essência da aventura original, mantendo exploração, atmosfera e senso de descoberta, mas com controles atualizados e ambientes mais detalhados. O desafio será preservar o espírito do clássico sem torná-lo datado ou excessivamente modernizado.

Já “Tomb Raider: Catalyst” aponta para uma nova fase da personagem. Embora poucos detalhes tenham sido revelados, a ideia de uma Lara repensada levanta discussões sobre identidade, narrativa e até mudanças visuais. Em franquias longevas, esse tipo de abordagem costuma dividir opiniões, mas também pode ser essencial para dialogar com uma nova geração de jogadores.

Anunciar dois jogos de uma vez é uma decisão estratégica. Em vez de gerar apenas curiosidade pontual, a franquia cria uma linha do tempo clara para os próximos anos. Um jogo pode reacender a paixão dos fãs antigos, enquanto o outro tenta ampliar o alcance da marca e reposicioná-la no cenário atual.

O sucesso dessa estratégia dependerá da execução. Gameplay, narrativa e direção artística serão determinantes para definir se Tomb Raider caminha para um revival confortável ou para uma reinvenção ousada. O que já está claro é que Lara Croft voltou ao centro das atenções, e os próximos anúncios dirão se ela conseguirá recuperar o protagonismo que já teve.