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Golpes em computadores da Apple se tornam mais sofisticados e difíceis de detectar.

Publicada em: 15/12/2025 15:19 -

Nova geração de fraudes explora confiança do sistema e muda a percepção de segurança no macOS.

Usuários de computadores da Apple sempre tiveram a percepção de maior segurança em relação a vírus e malwares, mas esse cenário está mudando rapidamente. Nos últimos dias, especialistas alertaram para uma nova geração de golpes direcionados ao macOS, que utiliza técnicas avançadas para enganar até usuários experientes. A principal diferença está na forma como esses ataques se apresentam, explorando ferramentas confiáveis e recursos legítimos do próprio sistema para parecerem inofensivos.

Esses novos golpes não dependem apenas de arquivos suspeitos ou links claramente maliciosos. Eles se disfarçam como atualizações, extensões úteis ou soluções recomendadas por mecanismos de busca e assistentes digitais. Ao confiar em interfaces familiares e em mensagens bem construídas, muitos usuários acabam concedendo permissões sem perceber o risco envolvido. Uma vez instalado, o software malicioso pode monitorar atividades, capturar dados sensíveis e até abrir portas para outros ataques mais graves.

O crescimento desse tipo de ameaça acompanha a popularização dos Macs no ambiente profissional e educacional. Com mais pessoas utilizando o sistema para trabalho remoto, finanças e armazenamento de informações importantes, o interesse de criminosos aumenta. O Brasil segue essa tendência, especialmente entre profissionais liberais, criadores de conteúdo e empresas que adotaram o ecossistema da Apple como padrão. O resultado é um alvo cada vez mais atrativo para ataques direcionados.

Outro fator preocupante é a dificuldade de detecção. Muitos desses programas não apresentam comportamento agressivo imediato, operando em segundo plano para evitar alertas de segurança. Isso prolonga o tempo de exposição da vítima e amplia os danos potenciais. Além disso, a aparência legítima reduz a chance de o usuário desconfiar e buscar ajuda rapidamente.

Esse cenário reforça a necessidade de abandonar a ideia de que determinados sistemas são imunes a ameaças. A segurança digital passa a depender menos da marca ou do sistema operacional e mais de hábitos conscientes. Atualizações regulares, atenção redobrada a permissões solicitadas e desconfiança saudável diante de promessas fáceis se tornam essenciais. A mudança importante aqui não é apenas técnica, mas cultural. A era em que a segurança vinha embutida no sistema ficou para trás, dando lugar a um ambiente em que vigilância constante é parte do uso diário da tecnologia.

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